quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Tempo Perdido

Prólogo


      Faz algum tempo eu nunca me imaginaria onde e como estou atualmente, voltei à consciência semana passada e a notícia que me deram é de que eu teria matado meus pais. Fiquei em choque por mentirem na minha cara sobre algo tão sério até me explicarem o que aconteceu. Ainda parece incrivelmente inacreditável.
Dia 1- Voltando aos sentidos:
Acordei lentamente e minha primeira visão foi um teto branco com luzes ligadas e tudo estava muito claro. Demorei para voltar aos meus sentidos e a grande sensação é que eu havia sido drogada. Por quem? Por que? Eu não faço ideia. Tentei me mover mas meus braços estão presos ao corpo no que parece uma camisa de força, também branca, como todo o resto do quarto. Tudo encardido e com um forte cheiro de desinfetante e remédios. Me debati forte e o medo começou a tomar conta do meu corpo desde a ponta do pé até o último fio de cabelo. Isso é surreal.
A voz me parece presa na garganta mas mesmo assim tento com todas as minhas forças gritar por ajuda, grito, grito e grito cada vez mais. Minha voz volta após muitas tentativas e meu primeiro som soa esganiçado até para mim, mas a cada tentativa o som melhora e vem cada vez mais alto. Neste ínterim assustador a maçaneta se move e a única porta do quarto finalmente é aberta. Por ela entra o que parece uma enfermeira, apenas parece, seu sorriso malicioso e seu olhar depreciativo me fazem recuar e arregalar meus olhos. Ela grita
- Cala essa imunda boca, garota maldita.
Retraída eu apenas observei ela se mover até a parede em frente a cama que eu estava presa e apertar um botão vermelho, ao se virar para mim seu olhar só poderia ser descrito como um aviso, um direto e horrível aviso.
"Prepare-se para seu pior pesadelo".

- Karolayn Pedroso
(Pequeno prólogo do conto que estará disponível em alguns meses)

 

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