Quando eu, perdida em
meu doce encanto, chamei-o agudamente como quem busca sobreviver,
deparei-me,
em um suspiro, com a porta daquilo que em minha imaginação,
guardava aquilo que
você é.
Busquei, em meu
amargo esforço, acha-lo sem procurar.
Guardando sempre na memória a longínqua lembrança
de que quando te tive,
fui capaz também, de te perder.
Agora, o que será de nós
quando eu também esquecer de mim?
Perdi-me, no ácido
sabor de quem busca se entender.
Tornei-me incapaz de acha-lo,
ou procura-lo em
outros olhos e outros modos.
Meu amor, me fere te dizer,
mas não sou mais capaz
de reconhecer em minha vida,
aquele que me tira o ar e me dá o chão.
Estou aqui, em meu
cítrico desespero,
ardendo em fundamentos que me levem a ti.
Procuro, sem fim,
o sentido do fato que te tirou de mim,
Sem desistir e sem compreendê-lo em meu ínfimo
pensamento.
Nunca desisti de ti.
Nessa vida tive a
salgada sensação da frustração que é não tê-lo aqui.
Nela eu entendo que não te
achei,
Mas que esperaria por mais mil anos no rumo da vida que me levará direto
a você.
Rezando aos céus,
A terra,
A qualquer divindade existente em qualquer
parte do mundo,
eu peço que você me ache,
mas que me reconheça ao me ver.
Meu amor, quando me
achar não se separe mais de mim,
Suportei com duro esforço uma vida sem
você,
não suportarei a segunda após ver a felicidade que possuo nos teus
braços.
Eu sei, depois de tudo, que nos sabores que experimentei da vida
sentir
o gosto do nada foi, é, e sempre será o pior.
- Karolayn Pedroso.
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