sábado, 3 de setembro de 2016

Quando eu, perdida em meu doce encanto, chamei-o agudamente como quem busca sobreviver,
 deparei-me, em um suspiro, com a porta daquilo que em minha imaginação,
 guardava aquilo que você é.

Busquei, em meu amargo esforço, acha-lo sem procurar. 
Guardando sempre na memória a longínqua lembrança de que quando te tive,
 fui capaz também, de te perder. 
Agora, o que será de nós quando eu também esquecer de mim?

Perdi-me, no ácido sabor de quem busca se entender.
 Tornei-me incapaz de acha-lo,
 ou procura-lo em outros olhos e outros modos.
 Meu amor, me fere te dizer,
 mas não sou mais capaz de reconhecer em minha vida,
 aquele que me tira o ar e me dá o chão.

Estou aqui, em meu cítrico desespero,
 ardendo em fundamentos que me levem a ti.
 Procuro, sem fim, o sentido do fato que te tirou de mim,
 Sem desistir e sem compreendê-lo em meu ínfimo pensamento.
 Nunca desisti de ti.

Nessa vida tive a salgada sensação da frustração que é não tê-lo aqui. 
Nela eu entendo que não te achei,
 Mas que esperaria por mais mil anos no rumo da vida que me levará direto a você. 
Rezando aos céus,
 A terra,
 A qualquer divindade existente em qualquer parte do mundo,
 eu peço que você me ache,
 mas que me reconheça ao me ver.

Meu amor, quando me achar não se separe mais de mim,
 Suportei com duro esforço uma vida sem você, 
não suportarei a segunda após ver a felicidade que possuo nos teus braços.
 Eu sei, depois de tudo, que nos sabores que experimentei da vida 
sentir o gosto do nada foi, é, e sempre será o pior.

- Karolayn Pedroso.

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