Um mundo melhor?
Sexta-feira
passada, com um tempo chuvoso que não dava indícios de acabar, enquanto me dirigia
ao prédio em que estudo avistei uma moça que desavisada da mudança de tempo,
não levou o guarda-chuva. Nesse ponto já estávamos no meio do caminho e mesmo
assim me ofereci para leva-la ao seu destino. Com um sorriso ela me agradece e
diz que pensava pedir para que alguém desse a carona para que não se molhasse, mas estava com muita vergonha para tal, logicamente falei que não precisava agradecer e caladas ficamos até o local em
que ela já tinha um teto para se abrigar. Passado o ocorrido não pude deixar de
questionar, como, às 19h da noite de uma sexta de temperatura fria, ninguém foi
capaz de se oferecer para levar a moça protegida da chuva, que estava realmente
forte, até um local com teto. Quer dizer, das várias pessoas que passavam ali
nenhuma imaginou que mesmo molhada a senhorita iria passar três horas em aula e
sabe-se lá mais quantas horas para chegar a sua casa? Ficamos realmente tão
individualistas que não ligamos mais para o que acontece ao nosso redor? Esse
desabafo não serve para me pôr em um pedestal, nem para falar mal das várias
pessoas que passaram no local. Serve para que comecemos a repensar sobre o que
fazer em sociedade. Compreendendo que como seres humanos não podemos pedir
ajuda quando não movemos um dedo para ajudar alguém, sendo para dar uma carona embaixo
do guarda-chuva ou para ajudar uma pessoa a atravessar a rua. Antes de pedir um
mundo melhor, comece a melhoria em si mesmo, caso contrario não terá moral para fazer pedido algum.
- Karolayn Pedroso.
- Karolayn Pedroso.
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