segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Um mundo melhor?

Sexta-feira passada, com um tempo chuvoso que não dava indícios de acabar, enquanto me dirigia ao prédio em que estudo avistei uma moça que desavisada da mudança de tempo, não levou o guarda-chuva. Nesse ponto já estávamos no meio do caminho e mesmo assim me ofereci para leva-la ao seu destino. Com um sorriso ela me agradece e diz que pensava pedir para que alguém desse a carona para que não se molhasse, mas estava com muita vergonha para tal, logicamente falei que não precisava agradecer e caladas ficamos até o local em que ela já tinha um teto para se abrigar. Passado o ocorrido não pude deixar de questionar, como, às 19h da noite de uma sexta de temperatura fria, ninguém foi capaz de se oferecer para levar a moça protegida da chuva, que estava realmente forte, até um local com teto. Quer dizer, das várias pessoas que passavam ali nenhuma imaginou que mesmo molhada a senhorita iria passar três horas em aula e sabe-se lá mais quantas horas para chegar a sua casa? Ficamos realmente tão individualistas que não ligamos mais para o que acontece ao nosso redor? Esse desabafo não serve para me pôr em um pedestal, nem para falar mal das várias pessoas que passaram no local. Serve para que comecemos a repensar sobre o que fazer em sociedade. Compreendendo que como seres humanos não podemos pedir ajuda quando não movemos um dedo para ajudar alguém, sendo para dar uma carona embaixo do guarda-chuva ou para ajudar uma pessoa a atravessar a rua. Antes de pedir um mundo melhor, comece a melhoria em si mesmo, caso contrario não terá moral para fazer pedido algum.
- Karolayn Pedroso.

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